Antes de tudo, quero deixar aqui claro que para Deus não existe pecadinho e pecadão, pecado é pecado e ponto. Qual a diferença então? A diferença está na consequência, ou seja, a colheita daquilo que se plantou, e independente de qualquer coisa, Deus está pronto a perdoar qualquer tipo de pecado, se a pessoa estiver disposta a abandona-lo, ainda que essa pessoa tenha que arcar com as consequências de seus atos.
Mas o que a
igreja (instituição) diz sobre isso? Claro que não vou generalizar, mas
infelizmente essa é uma realidade em muitas e muitas denominações, infelizmente
a igreja insiste em ensinar que existem níveis de pecados e punições
específicas para cada tipo de erro, e assim agem com mais rigor em alguns
casos, chegando até a exclusão dos seus membros.
A igreja
está criando dois tipos de cristãos: um é o hipócrita e fariseu que esconde
seus pecados porque tem medo de confessar, ter seus pecados expostos, ser
julgado e até mesmo excluído, e outro é o desviado que confessa seu pecado, é exposto
diante de todos, excluso da comunhão com os irmãos e por isso abandona sua fé
em Deus porque acha “pesado” demais seguir Deus como os “super-santos” que ele
vê nas igrejas.
Em ambos os
casos o perigo é iminente, até quando um irmão vai aguentar ficar vestido com
sua máscara? Será que o irmão que se decepcionou vai voltar para os caminhos do
Senhor?
Mas Jesus
não veio para os doentes?! A igreja não deveria ser um hospital para tratá-los?!
Os líderes têm colocado fardos muito pesados nas costas de suas ovelhas, mas
Jesus não veio para aliviar nossos fardos?!
A verdade é
que nós nos achamos perfeitos demais, somos cheios de justiça própria e achamos
que levamos alguma vantagem quando comparamos nossa vida mais ou menos com a
vida do irmão que está “pior” que a nossa, mas nos esquecemos de que se
compararmos ambas as vidas com a de Jesus, veremos que tanto uma como a outra, quando
comparadas à vida perfeita do Mestre, precisam de perdão e melhorias.
Que
diferença existe entre o homicida e o caloteiro? Que diferença existe entre o
fornicador e o mentiroso? Que diferença existe entre o estuprador
e o glutão? Todos não precisam de perdão?! Só que é muito mais fácil abandonar
um irmão do que ajudá-lo, porque ajudar, aconselhar, discipular, orar, ouvir, cuidar, tudo isso dá trabalho e hoje quem quer trabalhar pelo Reino? As pessoas vestem uma capa
de “super-santos” e quem não for da mesma panelinha não pode ajuntar, mas se esquecem
de que todos dessa panelinha estão não só com as capas, mas também com as
máscaras. Eles até enganam os homens, mas ninguém engana a Deus.
Irmão (ã)
que está lendo esse artigo, eu sei que todos nós temos nosso “espinho na
carne”, todos nós precisamos de perdão, não se sinta desencorajado porque
cometeu esse ou aquele erro, não se sinta menos porque alguém se acha superior
e mais justo que você, lembre-se que Jesus já pagou o preço pelos nossos
pecados, basta você confessar e abandonar a pratica.
“Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus,
ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos
pecados e nos limpará de toda maldade”. 1João 1.9
Lembre-se
de Davi, mesmo cometendo erros que talvez eu e você nunca teríamos coragem de
cometer, ainda assim foi chamado de “homem segundo o coração de Deus”, e por
quê? Porque Davi tinha um coração quebrantado e contrito.
“Ó Deus, o meu sacrifício é um espírito humilde; tu não rejeitarás um coração humilde e arrependido”. Salmos 51.17
Minha oração é que o Espírito Santo nos convença de nossos pecados, nos dê um coração quebrantado e contrito, para que possamos abandonar esses pecados que nos afastam de Deus, e que possamos caminhar em santidade. Mesmo que tenhamos que arcar com as consequências de nossos erros, Ele estará ali do nosso lado nos ajudando a passar por essas dificuldades.
Não importa se você acha que seu pecado é “mais leve” ou “mais pesado”, não se esqueça de que o pecado deliberado vai gerar morte e separação de Deus, o melhor a se fazer é abandonar o pecado, seguir em frente e obedecer aquilo que disse Jesus disse: “.. vá e não peques mais”.